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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1513-1

1513-1

AVALIAÇÃO ANTIOXIDANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE MYRCIARIA CUSPIDATA EM CÉLULAS DE SACCHAROMYCES CEREVISIAE ∆GTT1 E PD1

Autores:
Lucas Teixeira Mori (UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ) ; Carla Ishihara Casagrande (UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ) ; Mariana Soares Rodrigues (UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ) ; Fábio Antônio Antonelo (UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ) ; Cleverson Busso (UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ)

Resumo:
Os antioxidantes desempenham um papel significativo na saúde humana, combatendo os danos causados pelo excesso de espécies reativas de oxigênio no corpo, que podem estar associados a doenças como por exemplo a doença de Parkinson. A doença está associada ao desenvolvimento de agregados proteicos chamados corpos de Lewy, sendo a alfa-sinucleína (α-syn) o principal componente desses agregados. A descoberta de substâncias que interfiram na produção de α-syn pode ser vista como uma abordagem terapêutica no tratamento e na prevenção da progressão da doença. O estudo avaliou os efeitos antioxidantes do óleo essencial de M. cuspidata in vivo, utilizando duas linhagens modificadas de S. cerevisiae como modelo biológico: uma com deleção do gene da enzima glutationa transferase (∆GTT1), e outra linhagem com expressão da proteína alfa-sinucleína (PD1). As linhagens mutantes de S. cerevisiae foram gentilmente cedidas pelo professor Dr. Mario Henrique de Barros (USP). O óleo essencial foi obtido através da hidrodestilação das folhas de M. cuspidata em extrator do tipo Clevenger modificado. As linhagens de S. cerevisiae foram submetidas a um tratamento com o agente estressor Menadiona (Vitamina K3) e o óleo essencial de M. cuspidata na concentração de 83 µL/mL (inicial), com sucessiva diluição seriada a partir da concentração inicial do óleo essencial em placas de 96 poços, totalizando 12 diluições, em triplicata. As placas foram incubadas à 30 ºC por 24 horas e após esse período, 3 µL de cada poço foram pipetados em placas de Petri contendo meio YPD sólido. Essas placas foram acondicionadas a 30 °C por 72 horas, para verificação do efeito do óleo essencial frente ao agente estressor utilizado. A capacidade antioxidante do óleo foi avaliada observando spots de células viáveis. O óleo essencial de M. cuspidata nas concentrações de 84 e 42 µg/mL inibiu parcialmente o efeito oxidativo do agente estressor menadione na linhagem ∆GTT1, enquanto que na linhagem PD1 o óleo essencial reduziu os efeitos adversos do agente estressor nas concentrações de 83, 41,5 e 20 µL/mL. Esses resultados indicam que o óleo essencial de M. cuspidata nas condições avaliadas é capaz de reverter o estresse oxidativo induzido por um agente estressor em ambas as linhagens utilizadas neste estudo.

Palavras-chave:
 Atividade antioxidante, Doença de Parkinson, Modelo biológico, Óleo essencial.


Agência de fomento:
Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – FUNTEF-PR